segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Alojamento comunitario de uma comunidade qualquer onde a maioria dos visitantes são viajantes a caminho de São Tomé da Letras.

Penélope, vinte e sete anos, cabelos compridos secos ao vento daquele dia ensolarado. Dias quentes, noites frias. Sua mente estava a mil, toda sua vida estava passando em sua cabeça, quanto a isso, nada de anormal, afinal era todo dia a mesma paranóia. Parada, quase estática, desse modo foi a permanência no estabelecimento. Conversou só que lhe vieram perguntar, sem mais delongas, porem uma de suas qualidades era que acontecesse o que fosse, o sorriso não a abandonara. Sorrir, na percepção de Penélope era um meio de comunicação bastante útil.
Sorriu para o senhor que estava perto da porta e entrou em seu quarto. Dois homens e uma mulher também dividiam aquele espaço. Como era um casal de marido e mulher, nada demais eles dormirem em cama de casal, que ficava do lado do beliche. Ela chegou primeiro e foi na de baixo, tem medo de beliches, pessoas adultas também caem da cama. Friozinho da noite, em sua função de estudante, lê um livro enquanto o sono não vêm, mal repara que a cama acima fora ocupado. Acendeu um cigarro, o casal era fumante então cigarro liberado e ficou assistindo nada na televisaozinha do quarto. Se assusta quando o individuo da cama de cima coloca a cabeça pra baixo e lhe pede um cigarro. Foi engraçado, pensou Penélope, mas logo logo veio o pensamento que ele poderia ser um psicopata, ou por que um homem, e não uma linda mulher para ficar com ela. O cara saltou de cima, e caiu no chão, rendera a todos muitas risadas e já começou amizade entre todos. Com a conversa rolando, ela percebe o interesse na conversa com o homem misterioso aumentava. Queria que o casal fosse embora ou vazasse dali por alguns minutos, pra poder sacar se o cara era ou não um psicopata.
Cansada daqueles papos, saiu para tomar suas gotinhas de rivotril e fumar seu ultimo cigarro da noite ao ar livre. Parece que os astros estavam em seu favor, o ser misterioso apareceu do nada, e sentou ao seu lado. Cigarros apagados, falaram sobre tudo, todos os temas mais ridículos ou maravilhosos. Cigarros acesos, foi diferente, tinha um clima diferente rolando no ar. Ele estava correspondendo...ou não, pensava ela. Ele aparentava ser mais velho, ou menos ou mais, ela não conseguia nunca distinguir a idade de uma pessoa, principalmente se a conhecera antes de saber. Usava uma calça xadrês um pouco brega, mais que a atraía um pouco e um camiseta branca amassada, deveria estar um pouco suja, mas ela não ligava pra essas coisas.

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