segunda-feira, 18 de maio de 2009

Após mentalizar os itens do exercício mental do post passado, iniciarei em duas etapas. Aciedentes leves e acidentes graves.

Aquiri a capacidade de decifrar curioso de acidente apenas pelo jeito de andar.



Um simples acidente será o primeiro exemplo. Simples acidente se caracteriza no acidente sem feridos. Pode ser motorista bêbado ou mulher histérica (um capitulo será reservada para a maravilha que é o caso do bêbado, vulgo, regatinha), fazendo a obra de arte de deixar o carro na diagonal em avenidas movimentadas.
O barulho acontece. 15 segndos é o tempo de um motoboy aparecer. Tenho uma teoria de que motoboys são iguais crianças, sempre querem ajudar. Chega outro motoboy logo em seguida.
Não leva um minuto para soar a sinfonia dos portões elétricos dos prédios abrindo sincronizadamente.
O curioso vai chegando sempre acompanhado de outro curioso. Ficam conversando baixinho de pertinho como se estivessem com vergonha e adrenalina no sangue, dando risadinhas e quando chega perto do acidente faz aquela cara de velório.
Famílias fazem de um sábado 3h da madrugada o passeio de domingo que seria ir no parque, na missa, na casa dos sogros e assim por diante.
Tem gente que pensa que disfarça que está indo pra academia cm aquela roupa de exercício, dá uma voltinha fazendo Cooper e volta pra seu apartamento.
Já presenciei uma mulher de pijama.
Fiquei muito impressionada quando vi um cara com uma mala de viagem grande. Ele carregava com tanta leveza que deduzo estar vazia. Não acreditei naquilo, mas enfim, numa dessas ele estava indo pegar metrô (ele poderia se quisesse, mas em outra cidade).

Mas dos curiosos terrestres o que eu realmente dou muita risada é o curioso que sai com seu animalzinho de estimação. Vejo e penso – Ele realmente trabalha fora do horário habitual e precisa levar seu cãozinho pra fazer cocô na madruga. Mas não, os caras se aproximam do veículo, verificam a possibilidade de óbito ou escoriações, comentam com demais curiosos para saber mais detalhes e voltam para seu lar sem o animal defecar ou urinar. Apenas comentam com os outros para saber mais detalhes, sem demonstrar nenhum parentesco ou amizade com a vitima.
TEMPO DE PERMANÊNCIA: 30 minutos sem a imprensa.



Já o acidente grave é caracterizado com sangue aparente e falecimento de uma vítima ou de todas. Congestiona o trânsito com carros de curiosos e os próprios em pessoa, além do congestionamento nos elevadores. Quer um conselho? (é de graça, não paga NADA): Vá de escada.
Curiosos correm comentando alto como se fosse um show,vão logo olhando o presunto e fazem aquela cara de quem perdeu algum parente, e começam a conversar entre si. Conversa de curioso que conta pra outro curioso, e ambos tratam a vitima como se fosse da família.
TEMPO DE PERMANÊNCIA: aproximadamente 1 hora com pouco sangue (fratura exposta e traumatismo craniano), OU até a imprensa ir embora, OU até a policia pedir gentilmente.

O lado bom deste camarote VIP que possuo (é meu e eu não te doOu), é que identifico a reduzida do carro há 5 quadras, antes do motorista se ligar que vai bater eu to no camarote pra assistir ao vivo, e ver o Lindo FESTIVAL COM FOGOS DE ARTIFÍCIO que os cabos de energia nos proporcionam quando rompidos bruscamente por um meio de transporte desgovernado e em alta velocidade.
Este festival pirotécnico só se encontra aqui no camarote.


Se isso não for um exemplo de NADA, abandono minha carreira de secretária de clínica odontológica.

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